2019

Janeiro Novembro
Pátio 298 - Estrelas e não só de papel Pátio 300 - Trânsito de Mercúrio
Pátio 299 - Eclipse Lunar Próximo Dezembro
Pátio 301 - O cometa gambozino

Pátio 298 - Estrelas e não só de papel

2019.01.04
Pátio (Leiria 39ºN 08º48'W alt. 130m

Noite de Inverno, com céu limpo e transparência razoável, permitindo ver estrelas perto da magnitude 5 com a vista desarmada, e perto de magnitude 11 através do binóculo 16x70. O habitual trio de constelações de Inverno, Orion , Lebre e Cão Maior, onde está a estrela mais brilhante do céu nocturno, Sírio, desfilavam com figuras brilhantes e reconhecíveis em redor do meridiano.

Usando o isDSA, comecei pela a constelação da Lebre (Lepus). Fazendo alguns saltos de campo binoculares, detectei o enxame globular Messier 79, com perto 8 de magnitude que dista 42000 anos-luz. No binóculo (16x), apresentou-se notoriamente difuso.

De seguida, passei para nebulosa planetária IC 418, situada por baixo dos pés de Orion, apresentando-se no binóculo absolutamente pontual. Esta planetária a cerca de 5000 anos-luz, tem a alcunha de "Nebulosa do Espirógrafo" após a espantosa imagem do telescópio Hubble. De interesse adicional, a sua estrela central, ZZ Leporis, uma anã branca muito quente (temperatura superior a 40000º), é o protótipo de um tipo de estrela variável, encontrada em pelo menos 14 nebulosas planetárias "jovens". Este tipo de estrela varia de brilho numa escala entre 4 e 10 horas, julgando-se ser causado pela a rotação da estrela e variações de densidade do vento solar (G. Handler et al, 2013). A revisitar com um instrumento bem maior.

O enxame aberto Messier 41 em Cão Maior, situa-se a pouco menos de um campo no binóculo (4º) da Sírio, tendo sido o único objecto observado nesta sessão, que se pode considerar adequado para binóculo. Estando visível a olho nu, no binóculo, mostrou cerca de duas dúzias de estrelas entre 6 e 8 de magnitude distribuídas em pouco mais de meio grau. Fica a cerca de 2260 anos-luz de nós. A menos de um grau da estrela de magnitude 4,5 Delta Monocerotis, onde se situa outra nebulosa planetária, a NGC 2346, que não tive a certeza de identificar, pois existem muitas estrelas de magnitude semelhante por perto.

Interstellarum Deep Sky Atlas (Field Edition)

de Ronald Stoyan e Stephan Schurig http://www.deep-sky-atlas.com/

Deep SkyAtlas

Sou um grande apreciador de cartografia e de atlas astronómicos impressos em papel. Dito isto, neste Natal dei uma prenda astronómica a mim mesmo.

O meu atlas de primeira consulta continua a ser o Karkoschka. Esta pequena e compacta obra prima continua a acompanhar-me para todo o lado, passando posteriormente para o atlas de magnitude 11 Millennium Star Atlas quando tenho a disposição para carregar os seus quase 7 kg de peso. O Uranometria 2000, com estrelas até 9.75 de magnitude, parecia ser um bom candidato, mas não deixam de ser 2 volumes para os considerar portáveis. O Sky Atlas 2000.0 (laminado) com estrelas até magnitude 8.5, necessita de uma mesa ou uma estante para ser usado, e superfície plastificada tem o péssimo hábito de acumular água - prefiro papel, apesar em situações de humidade extrema não ser aconselhável usar.

Um atlas com magnitude estelar superior ou igual 9 é na minha opinião essencial. Esta é a magnitude a que chegam normalmente os buscadores e binóculos com abertura de 50-60 mm. Quando se quer apontar um telescópio para algo muito ténue, muito perto do limite de visibilidade, é importante memorizar os padrões das estrelas que se vão observar no buscador para compará-los com a carta do atlas, para então ter a certeza que estou a olhar para o sítio correcto do Universo.

Tornou-se obviamente clara, absoluta e urgente, a necessidade de ter um atlas que se preenchesse esta grave lacuna entre os meus dois atlas preferidos :) .

Deep SkyAtlas

Primeiramente publicado em alemão em 2013, e depois em inglês em 2014 pela Cambridge University Press, este atlas contém 228 cartas (ou melhor 114 cartas duplas) e 29 cartas de detalhe, imprimindo 201719 estrelas com brilho até 9.5 de magnitude do catálogo de Tycho-2, numa escala de 1,5 cm por grau. As folhas são sintéticas e à prova-de-água, com a capa feita em PVC encadernadas com argolas plastificadas. Nas primeiras páginas, o prefácio explica a filosofia e critérios usados e enuncia as fontes dos dados, sendo então seguido pelo índex de cartas.

Este atlas contém uma generosa seleção objetos, classificados pelos autores em termos de visibilidade, usando telescópios de abertura de 4" (100 mm), 8" (200 mm) e 12" (300 mm). A observação, e em muitos casos, a sua mera deteção, depende muito da experiência do observador e do local de observação. Estas listas para serem completadas na sua totalidade requerem muita experiência e um céu bem escuro e, sendo um atlas de todo o céu de ambos os hemisférios, uma latitude variável. As listas e critérios de seleção são sempre arbitrárias e pessoais, sendo ainda muito cedo para avaliar a qualidade, pertinência, ou faltas na escolha de objetos, mas pelos números deverá satisfazer muitos gostos e interesses.

Tipo de objeto 4" 8" 12" adicionais Totais
Enxames abertos (OC) 985 1474 1664 239 1903
Enxames globulares (GC) 111 125 145 36 181
Nebulosas galácticas (GN) 72 229 311 219 530
Nebulosas escuras (DN) 101 248 313 213 526
Nebulosas planetárias (PN) 102 261 496 259 755
Galáxias (Gx) 660 3398 9378 221 9599
Quasars (Qs) 4 23 78 44 122
Asterismos (Ast)         536
Nuvens de estrelas (StC)         58
Grupos de Galáxias (GxX)         508
Enxames de galáxias (GxC)         117
Totais 2035 5758 12385 1231 14835

Os objetos são desenhados com símbolos, ou com a forma aparente, no caso das nebulosas galácticas ou escuras e galáxias suficientemente grandes, sendo a densidade da cor indicativa da sua maior ou menor visibilidade. Com luz vermelha da lanterna e com adaptação visão nocturna, as cores ficam essencialmente cinzentas e a densidade da cor ajuda a ter alguma, pouca julgo eu, distinção. A quadrícula corresponde a 1 grau, muito útil para se ter uma ideia do que se pode observar no campo de um binóculo, ocular, ou até da máquina fotográfica.

Adicionalmente, tem anotadas 2950 estrelas duplas e múltiplas até 8.5 de magnitude e entre 0,5" e 60", usando um pequeno traço com o ângulo, para dar uma ideia da separação e posição ângulo, e 1168 e estrelas variáveis até 9.0 de magnitude com amplitudes mínimas de 0.5 magnitudes usando círculos concêntricos de magnitude máxima e mínima. Muito informativo e baseados em dados atualizados dos catálogos WDS e GCVS/AAVSO respectivamente à data de publicação (2013). Anota também 371 estrelas onde até à data se descobriram planetas (exoplanetas).

Deep SkyAtlas Deep SkyAtlas

No final deste atlas, encontra-se um índex organizado por tipo de objeto que na minha opinião, revelou-se pouco prático. NGC 2346, procuro onde ? nas galáxias, nos enxames ou nas planetárias ?. Pois. Pode obrigar a procurar várias vezes até acertar no tipo de objeto correto, sendo neste caso uma nebulosa planetária. É raro não se saber o que se está (tentar) ver, especialmente porque na carta tem o símbolo que descreve o tipo de objeto, mas neste caso já não será preciso o índex... Numa futura edição, a ter no índex, a magnitude integrada, brilho de superfície, e dimensões (mesmo com tipografia de ver à lupa), será um grande avanço na utilidade do índex e na autonomia deste atlas, assim como usar preto para maior contraste, é quase impossível consultar com luz vermelha. Provavelmente vou ter de ir anotando.

Deep SkyAtlas Deep SkyAtlas

Uma das inovações relativamente aos atlas que conheço, é a tipografia variar com a visibilidade usando fontes de caracteres maiores e mais marcados para objetos mais visíveis. É extraordinariamente prático, especialmente quando não se prepara previamente a sessão. Olhando para a carta, salta logo à vista a "fruta mais baixa" disponível, após a qual se pode ver a menos acessível e finalmente mais difícil ou até impossível. Torna-se fácil de avaliar se os objetos impressos serão possíveis de observar com o instrumento que se está a usar. Quantas vezes procurei um objeto "brilhante" com o 90 mm, que realmente só teria interesse se observado com o 200 mm ?

As cartas apresentam-se limpas e não estão muito congestionadas, delegando para 29 cartas de pormenor com as regiões mais densamente populadas ou interessantes. O compromisso tomado pelos autores estrelas/objetos/escala parece-me bem conseguido. As cartas não tem praticamente bordas, sendo impresso até ao limite da folha mas sempre com alguma sobreposição das cartas adjacentes em pelo menos 1 grau. Presumo, por questões de optimização de espaço/peso, terem decidido não imprimirem moldura ou legenda. Tem também impresso os números das cartas adjacentes, que tipicamente estão várias cartas à frente ou atrás. Esta versão "Field" tem ainda um cartão em plástico com a legenda numa bolsa na capa, que está sempre a cair, mas resolvi usando um marcador magnético. Também fiz um acetato com os campos do binóculo e oculares para enquadrar e medir distâncias.

Deep SkyAtlas

Finalmente, utilizando este atlas, as duas maiores dificuldades que senti foram o folhear páginas e alguns nomes e símbolos com tipografia muito pequena. Como referi anteriormente, as cartas são impressas num material sintético (Polyart - filme de polietileno de alta densidade com revestimento) que tem um toque aveludado semelhante a papel acetinado com uma agradável coloração ligeiramente amarelada, mas as folhas são muito finas e escorregadias, sendo para mim um pouco irritante folhear, mesmo sem as luvas de primeira camada ultra-finas que costumo usar quando está muito frio. Estou a pensar em colar alguns marcadores nas secções mais importantes.

A tipografia é muito pequena na designação Bayer das estrelas (α, β, γ δ, ε), mas curiosamente os números Flamsteed apesar de impressos na mesma fonte, lêem-se melhor. Já me sinto por vezes obrigado a recorrer a uma lupa para ver cartas e livros no escuro.

Este atlas é um pouco pesado para usar uma só mão em períodos longos, sendo bastante mais cómodo tê-lo pousado numa mesa ou estante (por exemplo as usadas para pautas musicais). Ocupa no entanto, pouco espaço, podendo ser completamente dobrado por ser encadernado com argolas, conseguindo manter-se nesse modo "quase" horizontal. Tenho alguma dificuldade em colocar na luxuosa caixa de cartão grosso com letras a dourado, pois as folhas desalinham facilmente.

Deep SkyAtlas

Todas estas questiúnculas menos positivas, são de pouca importância, perdoem o pleonasmo, e certamente pessoais. Não me importo de ir acrescentando e anotando os objetos, e usar marcadores para personalizar mais a meu gosto. Até é possível marcar as cartas com canetas de tinta à base de água (ex: marcadores Staedtler não-permanentes) e posteriormente apagar - muito útil para a marcar e anotar objetos a observar, trajetórias de cometas, asteróides, ocultações e outros fenómenos.

Tudo resumido, não posso deixar de considerar este atlas um deleite para os olhos, sendo fácil correlacionar as cartas com o céu, servindo de também de excelente livro de mesa para folhear, à procura de objetos interessantes para planear a próxima oportunidade de observação. Também é muito útil para descobrir alvos interessantes quando estou na astrofotografia.

Deep Sky Atlas e binóculo
O posto de observação
Deep Sky Atlas e binóculo Fujinon 16x70

Pátio 299 - Eclipse Lunar Próximo

2019.01.21
Pátio (Leiria 39ºN 08º48'W alt. 130m)

É raro ter um céu tão limpo e transparente por estes lados. Foi uma noite ideal para observação do céu, com pouca humidade, e temperatura fria (3 a 4 graus).

A Lua neste eclipse, quase coincidiu com o seu perigeu, que iria acontecer perto de 13 horas mais tarde às 19:59 do mesmo dia, distando então do centro da Terra, apenas 357343.6 km. O perigeu não acontece sempre à mesma distância, podendo variar em alguns milhares de quilómetros. Abaixo, está uma comparação do tamanho aparente da Lua no perigeu e muito próximo do apogeu, como aconteceu no eclipse de Julho de 2018. Tendo sido utilizado a mesma configuração fotográfica, a imagem abaixo torna notória a diferença de tamanho, e também a grande diferença de tonalidade e brilho. Este foi um eclipse consideravelmente menos escuro que o anterior.

Eclipse Lunar 20190121
Dois eclipses
Este eclipse comparado com o de 27 de Julho de 2018
Eclipse Lunar 20190121
Lua antes do eclipse (2:19) e na penumbra (3:06)
exp: 1x1/4000 seg. (ambas exposições)

O efeito da penumbra é muito subtil, passando praticamente despercebido à vista desarmada. Nas imagens é aparente uma muito ligeira perda de brilho e de detalhes, que resulta da filtragem da penumbra, que é causada pela a atmosfera da Terra.

Eclipse Lunar 20190121
Lua antes do eclipse (2:19)
exp: 1x1/4000 seg.
Eclipse Lunar 20190121
Lua a meio caminho da umbra (4:09)
exp: 1x1/2500 seg.
Eclipse Lunar 20190121
Lua a 10 minutos da totalidade (4:30)
exp: 4x1/50 seg.

Durante a totalidade, o banho de luar parou, e proporcionou um (aqui) raro céu de 5+ de magnitude, ajudado ainda pela a ausência de neblina, permitindo observar constelações bem baixas no horizonte. Perto da Lua, estava o enxame aberto Messier 44 que deu uma vista espectacular no binóculo 16x70. A esta hora, as constelações de Primavera, Leão, Corvo e a Virgem, já rondavam o meridiano. Reparando na diferença de velocidade das imagens 1/4000 segundos e 5 segundos, A lua cheia é, em grosso modo 20000 x mais brilhante para o sensor da máquina fotográfica que, ao contrário da visão humana, é linear.

Eclipse Lunar 20190121
Lua eclipsada (5:05)
exp: 1x5 seg.
Eclipse Lunar 20190121
Lua no máximo eclipse (5:13)
exp: 3x4 seg.
Eclipse Lunar 20190121
Lua comida por um dragão (5:44)
exp: 1x5 seg.

Imagens do eclipse capturadas com um Takahashi Sky-90 com uma Canon 40D em cima de uma Takahashi P2-Z

Tempos de Eclipse (Guide9):

Os próximos eclipses totais visíveis em Leiria (e provavelmente no resto de Portugal continental) serão em:

Outros eclipses lunares aqui no Pátio

Eclipse Lunar 20190121
A mirar eclipse

Pátio 300 - Trânsito de Mercúrio

2019.11.11
S.Pedro de Moel

Mais uma vez, o planeta Mercúrio passou à frente do Sol. A silhueta de Mercúrio, representa o globo do planeta que tem um diâmetro equatorial de 4880 km, quando é observado a 101 milhões de quilómetros, mas desta vez, um pouco mais afastado da Terra que em 2016 (83 milhões de quilómetros). Comparando as imagens, a silhueta deste ano é nitidamente menor.

De notar a completa ausência de manchas solares, visto o Sol se encontrar num período de baixa actividade, o chamado Mínimo Solar.

O próximo trânsito visível de Portugal (e para o resto do planeta que para lá esteja virado na altura), acontecerá em 13 de Novembro de 2032. Neste século, apenas haverá mais 10 oportunidades para ver este fenómeno.

Trânsito de Mercúrio
Trânsito de Mercúrio 14:46 UTC

A imagem acima resulta de 5 imagens 1/800 seg. somadas e processadas no Nebulosity 4 . Capturadas com um Takahashi Sky-90 com filtro solar 1000 Oaks e uma Canon 40D em cima de uma Takahashi P2-Z

AVISO IMPORTANTE
Nunca olhar para o Sol através de algum telescópio ou binóculo sem o filtro apropriado, pois pode causar instantaneamente danos graves e irreversíveis tais como a cegueira total ou parcial

Tempos de Eclipse (Ephemeris Tool 4 e Guide 9):

Outros trânsitos aqui no Pátio:


Pátio 301 - O cometa gambozino

2019.12.22
Pátio (Leiria 39ºN 08º48'W alt. 130m)

Por vezes acontece andar à caça de gambozinos. A não observação de alguma coisa é tão importante como a sua observação.

Ao abrir o SkySafari no telefone, deparei com um gigantesco cometa a cruzar os céus ao fim do dia. Brilhando com uma magnitude de -1.7, permitiria observá-lo facilmente a olho nu!. Achei estranho, pois tal efeméride teria com certeza a atenção dos media e dos profetas do apocalipse. A data do seu periélio (maior aproximação do Sol) foi há 2 dias, daí haver alguma razão para um possível súbito aumento de brilho, ou ainda um artigo de 2013 podem ter contribuído para algum optimismo computacional dos algoritmos dos programas de planetário. Ambos os planetários SkySafari 6 e Guide 9 deram esta estimativas de brilho... entretanto o IAU corrigiu a base de dados de cometas e lá voltou aos seu brilho 18.7 de magnitude.

O P/Blanpain (289P) é um modesto cometa periódico, que dá a volta ao Sol a cada 1942.6 dias (5.32 anos), tendo sido descoberto por Blainpan em Marselha, França em 1819. Este cometa andou quase 200 anos perdido, até que em 2013 se ter confirmado que um asteróide descoberto em 2003 correspondia efectivamente à órbita do 289P. Consultar a página de Kronk (cometography.com) que é uma autoridade neste assunto.

Apesar de tudo, aproveitei para desenferrujar tanto o equipamento, como a mim próprio, tentando capturar a área do céu onde este cometa neste momento se localiza. As condições meteorológicas estavam um pouco adversas (depressão Fabien), mas houve oportunidade de algumas abertas e tentei apontar a objectiva para a região da cabeça de um dos peixes da constelação de, podem adivinhar, Peixes..

A imagem abaixo é o resultado de uma integração de 2x10 segundos usando uma objetiva de 70mm a f/4. As objectivas fotográficas "normais" têm uma abertura efectiva diferente, que neste caso é 70/4 =17.5 mm, facto que que limita a magnitude estelar da imagem a cerca de 10 magnitude.

Cometa
Cometas P/Blanpain (289P) 19:47 UTC

Dados fundamentais P/Blanpain (289P) (Guide9 ):

  • P/Blanpain (289P) mag -1.7 (na realidade 18.9)
  • Periodo da órbita 5.32 anos (1942.6 dias)
  • Periélio distância 0.9588860 AU
  • Afélio distância 5.13 AU
  • Elementos orbitais:
    • Eixo semi-maior 3.0468779 AU
    • Excentricidade 0.6852890
    • Inclinação da órbita 5.8976000 graus
    • Argumento do periélio 9.8466000 graus
    • Long. nodo ascensão 68.9239000 graus
    • Data do periélio JD 2458838.49010 (20 Dez 2019 23:45:44)
  • Ascensão Recta: 22h59m43.528s Declinação: +01 55' 20.10"
  • Distância da Terra: 0.15847019 AU (23,706,804 km)
  • Heliocêntrica (posição): lon 81.29490 lat 1.26778
  • Heliocêntrica (raio) 0.95928 AU 46.33% illuminated Phase angle: 94.21 graus
  • Alongamento do Sol 76.55 graus
  • Velocidade do movimento aparente: 3.691'/hora no ângulo posição 18.5s -0.47 graus/dia in AR, 1.40 graus/dia em declinação