A constelação de Andrómeda é visivel de no hemisfério Norte de Agosto a Dezembro.

A figura da constelação consiste em Alpheratz, a sua estrela mais brilhante, marcando a cabeça. As outras estrelas principais, marcam as outras partes do corpo da jovem e bela princesa.

Andrómeda é uma das constelações clássicas, mais antigas. A sua origem perde-se nos tempos, mas há indícios de que já era conhecida pelos Babilónios. Foi registada pela primeira vez no século 7 a.C. e foi relatada nos dramas de Euripedes, dois séculos mais tarde.

Contudo, sendo que era contra as suas crenças a representação de humanos no céu, entre as estrelas, os árabes viam em Andrómeda uma cria de foca acorrentada aos peixes.

Na mitologia grega, Andrómeda era a princesa etíope filha do rei Cefeu e da rainha Cassiopeia. Cassiopeia era uma mulher belíssima, o que a levou a ousar, ingenuamente, afirmar-se, juntamente com a sua filha, mais bela que Juno a rainha dos Deuses e do que as Nereidas.

Poseídon sentiu-se insultado e, pior ainda, sentiu que as suas belas ninfas haviam sido injuriadas. Claro, como os deuses eram todos vingativos, decidiu castigar Cassiopeia pelo ultraje, enviando um monstro marinho (segundo alguns representado pela constelação a que chamamos Baleia – Cetus) devastar a costa da Etiópia.

Cefeu, horrorizado com o sucedido, decidiu consultar Ammon, o Oráculo, para saber o que fazer... A resposta não poderia ser pior...O Oráculo disse a Cefeu que um sacrifício da sua bela filha virgem, Andrómeda, o monstro e a ira de Poseídon seriam apaziguados.

Assim, Andrómeda foi acorrentada, nua, a uma rocha para que o monstro. Por sorte, Perseu voava perto daquela zona, regressando após ter morto a Medusa de Gorgon. Mal Perseu pôs a vista em cima de Andrómeda, teria-a tomado por uma estátua de mármore, não fosse a brisa marítima ter feito o seu cabelo mexer, ondulando ao vento e lágrimas terem escorrido pela sua face abaixo.

Automaticamente, mesmo sem se ter apercebido, apaixonou-se por Andrómeda e ía mesmo caindo do seu voo, de tão abismado estar com tal beleza defronte dos seu olhos. Quando parou, gritou na direcção da princesa, dizendo que ela não deveria usar correntes e as únicas amarras que ela deveria usar seriam as dos corações de dois amantes. Pediu-lhe que dissesse o nome e o país de que originava e porque estava ela acorrentada. Primeiro recebeu silêncio de resposta, pois como era uma rapariga, não ousaria falar para um homem e teria escondido a sua bela face com as mãos, não fossem as correntes. Fez unicamente o que podia fazer, chorar...

Mas Perseu foi teimoso e questionou-a até que ela, levada pelo medo que a sua relutância em falar poderia demonstrar culpa, lhe disse o seu nome, qual o seu país e como a sua mãe havia sido tão confiante na sua beleza.

Ainda antes de ela terminar, as águas agitaram-se e um monstro enorme e ameaçador surgiu pelo meio das ondas. Era tão grande que o seu peito ocultava as ondas. Andrómeda gritou. O seu amargurado pai estava por perto assim com a sua mãe, e estavam os dois em grande aflição. Nisto Perseu diz aos pais de Andrómeda que a salvará, matando o monstro marinho, caso eles lhe concedessem a mão da sua filha, Andrómeda, em casamento. Como é evidente, Perseu consegui o seu consentimento para casar e então matou o monstro, utilizando para isso a cabeça decepada da Medusa de Gorgon, pois ela tinha o poder de transformar em pedra todos os que ousassem olhar os seus olhos. Perseu retirou-a do saco onde a transportava e virou os olhos da Medusa para o monstro, transformando-o em pedra. Assim, Andrómeda foi libertada, casou com Perseu.

Andrómeda é agora representada no céu, como uma mulher de braços esticados, acorrentada pelos pulsos.